Itens compartilhados de Juliano

quinta-feira, 5 de março de 2009

Liberdade, igualdade, fraternidade, ordem e progresso

Estava lendo uma notícia no serviço de língua portuguesa da BBC de Londres e não é que a mesma fez-me pensar de um tempo quando estava na faculdade e uma menina estava conversando comigo e com alguns amigos japoneses (intercambistas). A imagem me veio à mente como um filme. E essa menina dizia assim:
- Ai, Juliano, não sei como você pode gostar desse país (Japão, no caso)... As mulheres são humilhadas, têm que andar atrás de seus maridos, fazer tudo o que eles querem! É um absurdo! Eu prefiro mil vezes mais (sic) o Brasil! Aqui podemos fazer o que queremos, trabalhar onde quisermos...

Não que a situação para estas bandas daqui seja maravilhosa, longe disso, todos têm seus probleminhas. Mas, é que o buraco é mais embaixo...

Segue a notícia para quem quiser ler e refletir.



Brasil ocupa pior colocação em ranking de diferenças salariais entre os sexos

Marcia Bizzotto

De Bruxelas para a BBC Brasil

Mulheres protestam por igualdade salarial no Fórum Social Mundial em Belém, Pará (AFP, 31/1)

Mulheres no Brasil recebem, em média, 34% a menos de homens

As mulheres brasileiras recebem, em média, salários 34% inferiores aos dos homens, a maior diferença registrada entre os 20 países pesquisados para um estudo divulgado nesta quinta-feira pela Confederação Sindical Internacional (CSI), com sede em Bruxelas.

O resultado no Brasil supera a média dos países pesquisados pela CSI, que é de 22% de diferença entre as remunerações entre homens e mulheres durante o ano de 2008.

Calculadas com base em entrevistas realizadas com 300 mil trabalhadores entre 16 e 44 anos de idade em 20 países - 35.152 deles brasileiros -, as estatísticas da CSI contradizem os números oficiais dos governos, segundo os quais as mulheres de todo o mundo ganhariam, em média, 16,5% a menos que os homens.

Segundo a CSI, depois do Brasil a África do Sul é o país com a maior diferença salarial, de 33%, seguida por México e Argentina, onde as mulheres recebem, respectivamente, remunerações 29,8% e 26,1% mais baixas que os homens.

Por outro lado, a Índia é o país onde as condições são menos díspares entre os pesquisados, com uma diferença salarial de 6,3%.

Grã-Bretanha, Dinamarca e Suécia vêm em seguida, com diferenças de 9%, 10,1% e 11%, respectivamente.

Múltiplas causas

Para Sharran Burrow, presidente da CSI, trata-se de um problema de múltiplas causas.

O estudo indica que, de forma geral, as mulheres com um "nível de qualificação superior" enfrentam as maiores diferenças salariais, o que poderia ser atribuído à discriminação no mercado de trabalho, evidente na "maneira como os empregadores concedem promoções aos postos mais altos e nas deficiências em relação à proteção à maternidade".

Segundo o relatório, o resultado também pode ser atribuído "ao fato de que um maior número de mulheres que de homens ocupa postos de trabalho de tempo parcial ou que exijam menor qualificação em relação ao seu nível de estudos (geralmente pior remunerados), porque tem que trabalhar e cuidar da família ao mesmo tempo".

Globalmente, entre 40% e 50% dos entrevistados disseram ter dificuldade para conciliar a vida profissional e familiar. Entre 43% e 57% dessas pessoas eram mulheres, enquanto entre 34% e 40% eram homens.

Isso também faz com que a diferença salarial aumente com a idade, já que "os cargos de alto nível estão relacionados à experiência e aos anos de trabalho", segundo o estudo.

"Os homens têm geralmente mais tempo de trabalho que as mulheres, porque elas geralmente assumem a maior parte das responsabilidades familiares", conclui a pesquisa.

A CSI engloba 312 sindicatos de 157 países, que representam juntos um total de 170 milhões de trabalhadores.

Fonte: BBC http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/03/090304_diferencasalarios_mb_cq.shtml

2 comentários:

Séfora disse...

sobre o que vc comentou no meu post:

Séfora disse...
Eu disse que o post me deu um IDÉIA entendeu??
idéia ( e se vc clicou no link do tal post viu que ele fala da Índia, pelo jeito q vc falou dá a impressão que eu sou uma anta q n sabe nem interpretar um texto ).
E não sei se vc notou meu post foi só uma "brincadeirinha".
É... acho q vc não tem + senso de humor como antes.
Eu não quero realmente ir pra Índia e nem pra Bangladesh (a menos que vc me convide pra ficar " de grátis" na casa do Jamali :D)
hmm , bom pelo menos vc comentou no meu blog...;)

Séfora disse...

Agora sobre esse SEU post:
"...É um absurdo! Eu prefiro mil vezes mais o Brasil! Aqui podemos fazer o que queremos, trabalhar onde quisermos..."

Uma das coisas que me deixam mais indgnada é estar sempre ouvindo esse tipo de conversa da mulherada por aqui. Já refleti MUITO sobre isso .
Não sei de ONDE esse povo(mulheres principalmente) tirou essa COISA de "podemos fazer o que queremos".
COMO ASSIM??
Diferenças salariais à parte
(e agora desviando um tiquinho do assunto do seu post ...tá?)
o que eu VEJO por aqui é uma piada.

A maioria das mulheres (agora estou falando especialmente das que já são mães)SE acha muito independente , sai "pregando" por aí que é muito triste depender de homem pra viver e blá blá blá whiskas sachet...
Elas falam como se fossem REALMENTE independentes.

Mas o que vejo com meus olhinhos não é nada disso.
Vejo mulheres (a maioria com curso superior) se matando de trabalhar o dia todo para ganhar uma mixaria ridícula que mal dá pra (além de sustentar as futilidades básicas) pagar as contas e a empregada(que também se considera independente mas que ganha "150 real" pra "cuidar" da casa e das crianças.)
Vejo pais separados tendo que pagar "200real" de pensão para suas tão "bem sucedidas" ex -mulheres(aquelas mesmas que acham um absurdo depender dos homens mas matam pra receber essa merreca)

O triste da coisa toda é que no final quem se ferra(mais) é a criança que tem que estudar numa escola terrível , comer uma comida de péssima qualidade e o que é pior : ser criada sem mãe.
Tudo isso em nome de toda essa "independência e liberdade"

E vejo também meninas ainda novas (na faixa dos 20 anos)pode-se dizer que PAGANDO pra ter um homem.

Nada contra as pessoas (de ambos os sexos) terem um emprego .Mas será que não estaria na hora desse povo rever seus (pre)conceitos??
Eu pelo menos quero ficar fora dessa enrrascada...

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